Helena de Troia

Definição

Mark Cartwright
por , traduzido por Ellen Pastorino
publicado em 27 janeiro 2021
Disponível noutras línguas: Inglês, Chinês, francês, húngaro, italiano, espanhol
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Helen of Troy (by Jastrow, Public Domain)
Helena de Troia
Jastrow (Public Domain)

Helena de Troia (também conhecida como Helena de Esparta) é uma figura da mitologia grega cuja fuga com (ou rapto) pelo príncipe troiano Páris desencadeou a Guerra de Troia. Helena era a esposa de Menelau, o rei de Esparta, e considerada a mulher mais bela do mundo.

Menelau convenceu o seu irmão Agamemnon, rei de Micenas, a formar um grande exército para cercar a imponente cidade de Troia, a fim de reconquistar Helena. Após a vitória grega na guerra, Helena regressou a casa com Menelau, mas tornou-se uma figura desprezada no mundo antigo, um símbolo do fracasso moral e dos riscos de colocar a luxúria acima da razão. Apesar da má reputação da Helena literária, ela também tinha uma forma divina e era o centro de cultos em vários locais gregos, principalmente em Rodes, Esparta e Terapne.

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Relações familiares

Na mitologia grega, Helena era filha de Zeus e de Leda, a rainha de Esparta e esposa de Tíndaro. Zeus disfarçou-se de cisne para seduzir Leda, e Helena foi o resultado do seu envolvimento amoroso. Numa outra versão do mito, a mãe de Helena é a deusa Nêmesis, a personificação da vingança. Em ambas as versões, independentemente de quem seja a mãe, Helena nasce de um ovo em Esparta. Os irmãos de Helena incluíam os gêmeos heroicos Castor e Pólux (também conhecidos como Polideuces) e Clitemnestra, a futura esposa do rei Agamemnon, o rei de Micenas. Um dia, Tíndaro ofereceu sacrifícios a todos os deuses, mas esqueceu-se de Afrodite e esta, irritada com a ofensa, prometeu que todas as filhas do rei se tornariam famosas pelo seu adultério.

É COMO SE PARA HELENA, MESMO JOVEM, A SUA EXTRAORDINÁRIA BELEZA FOSSE UMA ESPÉCIE DE MALDIÇÃO.

Helena tinha diversos pretendentes famosos, mas optou por casar com o irmão de Agamémnon, Menelau, rei de Esparta. Como parte do acordo matrimonial, Tíndaro sacrificou um cavalo e fez com que todos os líderes gregos jurassem reconhecer Helena como a legítima esposa de Menelau e proteger a sua filha. As consequências deste juramento seriam graves quando chegasse o momento da guerra. Menelau e Helena tiveram uma filha, Hermione, e três filhos: Pleistenes, Aethiolas e Maraphius.

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Helena era vista como a mais bela de todas as mulheres mortais. Em Os Trabalhos e os Dias, Hesíodo a descreve como "Helena de cabelos louros" (165). Homero reiteradamente descreve-a nas suas obras como "Helena de adoráveis cabelos" (Odisseia, 15:58), "Helena de braços claros" (Ilíada, 3:119) e "Helena, a rainha entre as mulheres" (Ilíada, 3:422). Homero também a descreve como "a Helena odiosa" (Ilíada, 19:324).

Birth of Helen of Troy
Nascimento de Helena de Troia
Xinstalker (CC BY-SA)

Rapto por Teseu

Teseu, o lendário herói ateniense e um dos primeiros reis da cidade, capturou Helena ainda criança e entregou-a à sua mãe para que fosse cuidada até à idade adulta. A jovem, que, segundo se diz, gostava de lutar e caçar, foi então resgatada pelos seus irmãos, os Dióscuros. Invadiram Ática e Teseu foi obrigado a fugir para ilha de Esquiro, no mar Egeu. É como se para Helena, mesmo jovem, sua extraordinária beleza fosse uma espécie de maldição.

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O Julgamento de Páris

Para os gregos, as origens da Guerra de Troia remontam a um acontecimento específico. No casamento de Peleu e Tétis, Éris, a deusa da discórdia, ofereceu uma maçã de ouro à mais bela das deusas do Olimpo. Zeus convidou o belo príncipe troiano Páris (também chamado Alexandre) para ser o juiz e decidir entre as três opções: Atena, Hera ou Afrodite. Paris recebeu ofertas das três candidatas: Atena prometeu-lhe força, beleza e invencibilidade nas batalhas; Hera prometeu-lhe as regiões da Ásia e uma enorme riqueza; e Afrodite prometeu-lhe a mulher mais bela do mundo: Helena. Páris escolheu Afrodite e conseguiu conquistar o seu prêmio quando foi em missão diplomática para os troianos e se hospedou na casa de Menelau. Os dois apaixonaram-se e fugiram para Troia (também conhecida como Ilium), pelo que Helena de Esparta passou a ser Helena de Troia. Helena, apesar de ter abandonado os seus filhos, foi na companhia da sua fiel serva Etra. No caminho de regresso, Páris parou em Sidon, na Fenícia, e roubou um tesouro que levou para Troia.

The Judgement of Paris (Detail)
Julgamento de Páris (Detalhes)
Mark Cartwright (CC BY-NC-SA)

O historiador grego Heródoto, do século V a.C., conta uma versão diferente destes acontecimentos na obra Histórias (2.113). Heródoto alega que os egípcios lhe disseram pessoalmente que Páris e Helena tinham encontrado ventos desfavoráveis e que, por isso, tinham navegado para o Egito ao invés de Troia. Ao desembarcar, os homens de Páris abandonaram o casal em fuga e denunciaram-nos ao sacerdócio local. A razão para tal foi o fato de Páris ter raptado Helena quando era hóspede em casa de Menelau, um ato ilegal e ímpio na cultura grega. Além disso, Páris tinha levado consigo uma grande quantidade de tesouros de Esparta. Proteu, o governante de Mênfis, é informado e prende Páris, ficando com o saque e Helena para os devolver aos gregos futuramente. Heródoto chega até a afirmar que outros escritores, como Homero (ver abaixo), conheciam esta versão, mas decidiram-se por uma história mais épica e divertida, envolvendo a cidade de Troia e uma longa guerra. Todavia, há pontos em comum em ambas as versões, uma vez que Heródoto conta que a frota grega que perseguia Helena entrou em contato com os egípcios, mas não acreditaram que ela não tivesse sido levada para Troia e, por isso, cercaram a cidade. Quando descobriram que ela estava no Egito o tempo todo, Menelau navegou até Mênfis e recuperou sua esposa. Além de todos esses detalhes, Heródoto alega que um templo dedicado a uma "Afrodite estrangeira" em Mênfis foi, de fato, construído em homenagem a Helena.

Independentemente dos detalhes de uma eventual chegada de Helena a Troia, é difícil resolver se ela foi por vontade própria ou se foi raptada. O fato de Helena ter sido uma amante por vontade própria de Páris é visto em cenas de cerâmica da Ática Arcaica, mas em outras, Páris agarra seu braço (e não sua mão). No entanto, outras cenas de cerâmica mostram Menelau empunhando uma espada enquanto recupera Helena, sugerindo que ela não estava disposta a voltar para o marido. Por outro lado, em outras cenas, Menelau deixa cair a espada, aparentemente em sinal de perdão, quando reencontra Helena.

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A despeito das ambiguidades da arte e da literatura, a maioria dos gregos, em uma clara atitude negativa em relação às mulheres, que vai de Pandora a Medeia, considerava Helena indecente. Como observa a historiadora Barbara Graziosi, "Ninguém no mundo antigo achava que era correto uma mulher de fato se comportar como Helena" (59), embora Afrodite, a deusa do amor, Ares, o deus da guerra, e Páris fossem todos considerados igualmente responsáveis pelas trágicas consequências da Guerra de Troia.

The Abduction of Helen of Sparta
O Rapto de Helena de Esparta
The British Museum (CC BY-NC-SA)

A Guerra de Troia

A principal fonte de nosso conhecimento sobre a Guerra de Troia e a versão mais difundida da história é relatada por Homero em sua Ilíada, um poema épico escrito em torno do século VIII a.C., baseado em lendas orais antigas. Segundo essa versão, um vasto exército de diferentes estados gregos embarcaram para Troia e cercaram a cidade até que Helena fosse resgatada. Os gregos acreditavam que essa guerra teria ocorrido em torno do século 13 a.C., o que hoje chamaríamos de Idade do Bronze do Egeu. É possível que tenha acontecido um conflito entre Micênicos e Hititas e a maior parte dos arqueólogos está de acordo que a grande cidade construída com impressionantes muralhas defensivas, escavada na atual Turquia, é de fato Troia. A cidade tem muitas camadas de história e o que os arqueólogos chamam de Troia VI, datada de 1750 a 1300 a.C., é considerada a candidata mais provável para a Troia de Homero e Helena. Aparentemente, seria muito provável uma guerra por comércio, recursos e colônias, porém não na escala da épica Guerra de Troia. Até mesmo na mitologia, Agamemnon é movido a liderar o exército grego não apenas para salvar a honra de seu irmão, mas para adquirir imensas riquezas.

PÁRIS É MORTO POR UMA FLECHA DISPARADA POR FILOCTETES. ENQUANTO ISSO, MENELAU ENCONTRA-SE COM HELENA.

De acordo com a história, a Guerra de Troia durou 10 anos e ocorreu na cidade de Troia, na Anatólia. Troia tinha muralhas imensas e, por isso, a guerra foi, em sua maior parte, um cerco, com pequenos intervalos para guerra aberta nas planícies fora da cidade. Príamo, o rei de Troia, e seu filho Heitor, ambos trataram Helena com respeito durante o conflito, tendo Heitor, em particular, culpado Páris como o responsável pela guerra. Nesse período, Páris e Helena têm quatro filhos, três deles: Bunomus, Aganus e Idaeus, e uma filha: Helena. Todos os três meninos morrerão quando um telhado desabou em meio ao caos no final da guerra.

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Um dos inúmeros episódios memoráveis da guerra é quando Menelau enfrenta Páris em uma luta individual, com a garantia de Helena ao vencedor. Menelau vence o príncipe troiano, mas o mesmo é salvo por Afrodite e levado do campo de batalha para a proteção de seus aposentos. Os gregos enfim vencem o conflito por meio do artifício do Cavalo de Troia, um enorme cavalo de madeira dentro do qual se escondiam guerreiros gregos que entraram na cidade e abriram os portões para que o restante do exército grego os seguisse. Os troianos foram todos massacrados ou escravizados, um lembrete brutal no mito da imprudência do adultério. Páris é morto por uma flecha disparada por Filoctetes. Enquanto isso, Menelau recupera Helena.

Map of the Trojan War States, c. 1200 BCE
Mapa dos Estados da Guerra de Troia, c. 1200 aC
P L Kessler (Copyright)

De acordo com algumas versões da história, o rei espartano primeiro teria desembainhado sua espada na intenção de golpear Helena, mas quando vê seus seios nus, reconsidera e a abraça. Em uma peça grega, Menelau é retratado como um homem um tanto sombrio e que na verdade sua preocupação era com que sua esposa não tivesse engordado durante o longo cerco. Seja qual for a versão, é um caso de "perdoar e esquecer”.

A volta para casa

Menelau e Helena regressam à Grécia, realizando paradas em diferentes lugares ao longo do caminho. Esses eventos são contados por Homero, mais precisamente em sua Odisseia. Primeiro, o casal é jogado contra as rochas de Creta em uma tempestade. Em seguida, chegando ao Egito, o casal passa muitos anos lá. Sem conseguir ventos favoráveis para voltar para casa, Menelau viaja para Chipre e depois para a cidade de Sidon, na Fenícia, terra de tecidos finos e prataria, alguns dos quais o espartano recebe como lembrança. O próximo destino é o norte da África (Líbia), que é descrito como uma terra próspera, e depois uma viagem à Etiópia, onde o tesouro de Menelau torna-se cada vez maior. Homero também faz com que Menelau encontre Proteu no Egito, um deus do mar conhecido como o "Velho do Mar", e não um governante. Esses desvios pelo Mediterrâneo (e os de Páris em sua jornada de retorno a Troia) poderiam ser uma explicação mitológica para o comércio da Idade do Bronze entre a Grécia micênica, a Fenícia e o Egito, o que também explica a propagação de ideias na arte e na cerâmica.

Helena e Menelau enfim encontram ventos favoráveis e conseguem voltar a Esparta. Reencontram sua filha Hermione, que se casa com Orestes, filho de Agamenon. Isso explica como um único rei passou a governar Micenas e Esparta.

O Culto de Helena

Em contraposição à sua reputação na literatura grega, Helena era adorada como divina em certos locais gregos. Os pesquisadores geralmente concordam que Helena tenha sido primeiro uma deusa e posteriormente uma figura humana semidivina. É provável que os mitos de seus sequestros fossem uma explicação para as ausências temporárias da deusa em seus locais de culto.

Menelaus Pursuing Helen
Menelau perseguindo Helena
The Trustees of the British Museum (Copyright)

Rodes e Ática tinham cultos a Helena. Entretanto, foi em Esparta, que ela se tornou mais popular como figura religiosa, vista como símbolo da transição de adolescente para noiva (parthenos para nymphê). Helena também representava a mulher adulta casada (gynê) e a figura de uma irmã (adelphê). Em Rodes, Helena era associada à fertilidade, às árvores e à vegetação, enquanto em Esparta ela representava os aspectos do desejo erótico e da beleza assim como Afrodite também representava.

Um dos mais antigos santuários dedicados a Helena ficava em Therapne, perto de Esparta. Ali ela representava a mulher adulta casada, e o local tinha um templo onde eram feitas oferendas em nome de Helena para que ela transmitisse qualidades sedutoras aos fiéis. Heródoto registra em suas Histórias (6.61) que a terceira esposa do rei Ariston passou milagrosamente de um estado de feiúra para uma beleza delirante graças à intervenção divina de Helena em Therapne. De acordo com o historiador e geógrafo grego do século II d.C., Pausânias, em sua Descrição da Grécia (3.19.9), os habitantes locais acreditavam que Menelau e Helena estavam enterrados em Therapne. A tumba deles foi construída por volta de 700 a.C. perto de um "palácio" micênico do século XV a.C. e consistia em um grande retângulo de blocos de cantaria com um pequeno templo, tudo situado em um monte e acessível por uma rampa. Escavações revelaram que o local recebia oferendas dedicadas ao casal e estava em uso até o século I a.C.

Helena na Arte & na Literatura

Além de Homero, Helena e a Guerra de Troia eram temas muito populares em outros textos da literatura clássica. Por exemplo, ela aparece em Agamenon, de Ésquilo, e na Eneida, de Virgílio. Na tragédia As Troianas, de Eurípides, do século V a.C., Helena aparece em um julgamento perante as mulheres capturadas de Troia e defende seu comportamento. A principal defesa de Helena contra a acusação de adultério é que ela havia se tornado um brinquedo dos deuses e, portanto, não poderia evitar seu destino. Em contraste, na peça Helena, de Eurípides, a rainha nunca chega a Troia, mas, como na versão de Heródoto, ela permanece o tempo todo no Egito. O sofista Górgias (c. 485 - c. 380 a.C.) apresentou uma defesa bem-humorada de Helena, mas provavelmente foi um exercício de retórica, e não uma tentativa de esclarecer os registros históricos.

Nas artes visuais, a figura de Helena surgindo de um ovo aparece na cerâmica de figuras vermelhas da Apúlia e da Campânia durante o século IV a.C. O sequestro de Helena por Teseu aparece na cerâmica ática de figuras vermelhas do período arcaico. Ela também aparece com frequência em cenas de cerâmica de figuras vermelhas e pretas do período clássico, sendo levada por Páris, em cenas domésticas e sendo perseguida ou reconciliada com Menelau.

Desde a antiguidade e nos séculos posteriores, a história de Helena continuou a fascinar, especialmente no período da Renascença, quando ela apareceu em uma série de gêneros, desde as pinturas de Tintoretto (c. 1518-1594 d.C.) até os poemas de Christopher Marlowe (1564-1593 d.C.). Foi Marlowe quem escreveu os versos pelos quais Helena é mais lembrada atualmente:

Foi essa face que lançou mil navios,

E queimou as altas torres de Ilium?

(A Trágica História do Doutor Fausto,
Christophe Marlowe)

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Perguntas e respostas

A história de Helena de Troia é verdadeira?

Helena de Troia é uma personagem mítica da mitologia e literatura grega, notadamente a Ilíada de Homero. Ela não era uma pessoa real.

Como é conhecida Helena de Troia?

Helena de Troia é uma personagem central do mito grego da Guerra de Troia. Helena era esposa de Menelau, rei de Esparta, mas foi sequestrada pelo príncipe troiano Páris e levada para Troia. Em algumas versões da história, ela pode ter partido por vontade própria. A Guerra de Troia então se desenrolou quando as cidades-estado gregas tentaram tomar Troia, o que fizeram depois de 10 anos

Helena de Troia era bonita?

Na mitologia grega, Helena de Troia era uma das mulheres mais bonitas do mundo. É por isso que foi oferecida de presente a Páris, o príncipe troiano, quando escolheu a deusa Afrodite como vencedora de um concurso de beleza com as deusas Atena e Hera.

Sobre o tradutor

Ellen Pastorino
Ellen Pastorino é estudante de Jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Sobre o autor

Mark Cartwright
Mark é um escritor a tempo inteiro, investigador, historiador e editor. Os seus principais interesses incluem arte, arquitetura e descobrir as ideias que todas as civilizações partilham. Tem um mestrado em Filosofia Política e é o Diretor Editorial da WHE.

Citar este trabalho

Estilo APA

Cartwright, M. (2021, janeiro 27). Helena de Troia [Helen of Troy]. (E. Pastorino, Tradutor). World History Encyclopedia. Obtido de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-11645/helena-de-troia/

Estilo Chicago

Cartwright, Mark. "Helena de Troia." Traduzido por Ellen Pastorino. World History Encyclopedia. Última modificação janeiro 27, 2021. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-11645/helena-de-troia/.

Estilo MLA

Cartwright, Mark. "Helena de Troia." Traduzido por Ellen Pastorino. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 27 jan 2021. Web. 13 out 2024.